Desde 2017 venho estudando Afroempreendedorismo pelo prisma da Teoria da Economia Étnica no campo da comunicação digital para o mestrado. É uma temática que perpassa o histórico social e político da população negra no Brasil, sobretudo aspectos sobre trabalho, renda e educação, debates sobre identidades, racismo e movimentos sociais. Além de expor o próprio conceito e aplicações anteriores da Teoria da Economia Étnica e de métodos digitais para estudar comportamentos e agrupamentos online.
Meus métodos abarcam a Análise de Redes Sociais na Internet, entrevista semi-estruturada com os nós em destaque na rede e o formulário abaixo para Afroempreendedores. As perguntas estão estruturadas em três dimensões: a sócio-demográfica, sobre o empreendimento e sobre o Afroempreendedorismo e as respostas serão mantidas em total sigilo.
Então, se você chegou até esse post e é Afroempreendedor (empreendedor negro), peço, gentilmente, que colabore com essa pesquisa respondendo o formulário abaixo ou no link: http://bit.ly/pesquisa-afroempreendedorismo. Ou se você conhece alguém no perfil, colabore compartilhando o formulário com ela. Depois da defesa a pesquisa e a dissertação estarão disponíveis para consulta. 😉
Em sua terceira edição, o Smart Data Sprint ocorreu entre os dias 29 de janeiro a 01 de fevereiro na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. Com liderança de Janna Joceli Omena — Doutoranda em Digital Media na NOVA FCSH e pesquisadora membra do iNOVA Media Lab — a premissa do evento é reunir professores, estudantes e pesquisadores de diversas localidades do mundo para discutir, aprender e aplicar métodos digitais.
Durante a semana os participantes tiveram a oportunidades de ouvir palestras de professores referenciais como Richard Rogers, Professor Doutor em Novas Mídias e Cultura Digital da Universidade de Amsterdam e também diretor do Digital Methods Initiative e de Bernhard Rieder também Professor Doutor em Novas Mídias e Cultura Digital da Universidade de Amsterdam, membro do DMI e um dos responsáveis pela ferramenta NetVizz, entre outras.
Além disso, o evento contou com as pratical labs — oficinas estilo “mão na massa” sobre ferramentas que podem auxiliar o pesquisador no processo de extração, análise, organização e visualização de dados, como query design, análise de redes com Gephi, visualização de dados com RawGraph, análise de redes com NodeXl, entre outras.
A ideia é aplicar o aprendizado das pratical labs (e/ou de experiências anteriores) nos projetos sugeridos previamente e que foram trabalhados em pequenos grupos durante a semana do Smart Data Sprint. Nessa edição foram quatro propostas: Apps de Jornalismo, Circulação de mitos sobre saúde nas mídias sociais: os casos das terapias de detox e o movimento anti-vacina, Interrogando API’s de visualização de Imagens e Frugal Innovation. Entre quarta e sexta-feira os participantes aplicaram metodologias e análise de dados de acordo com a problemática de cada projeto. Para finalizar, no último dia foram apresentados os resultados prévios, dificuldades do caminho percorrido, aspectos importantes descobertos, questões e sugestões.
Todo material (apresentações e relatórios) será disponibilizado em breve, atualizo aqui quando ocorrer. Foi uma semana incrível com muito aprendizado, trocas e reflexões. Para quem já quiser aquecer para a edição de 2020, veja a cobertura fotográfica na página. 😉
[UPDATE: SAÍRAM OS RELATÓRIOS DOS PROJETOS | 21/03]
Foram disponibilizados os relatórios dos projetos desenvolvidos no Smart Data Sprint. O material apresenta o tema, facilitadores, equipe de pesquisadores, a problemática e questões que norteiam a pesquisa, além da metodologia utilizada, os dados encontrados e uma discussão de todos os insights do projeto. Provavelmente alguns tópicos virarão artigos mais detalhados futuramente, como no caso do Interrogating API’s (do qual eu participei) que tem por si vários tópicos muito específicos. Abaixo o link e uma breve descrição de cada um.
Projeto Interrogating Vision APIs: o objetivo foi de comparar três API’s de análise de imagens (Google, IBM, e Microsoft), três bancos de imagens (Shutterstock, Adobe Stock e Getty Images) e especificações culturais, conceituais e de categorização das API’s por nacionalidades e assim tentar encontrar nuances para uma análise de crítica.
Projeto Journalism Apps: a ideia era de explorar as informações possíveis dos aplicativos de jornalismo no Google Play Store, sobretudo a partir das dinâmicas de categorização, palavras-chave e apps relacionados.