A Revista Cadernos Pagu é parte das iniciativas de disseminação de conhecimento do Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu da Universidade Estadual de Campinas. A publicação é quadrimestral interdisciplinar e tem como objetivo contribuir para a ampliação e o fortalecimento de estudos de gênero, sobretudo a produção realizada no Brasil com o intercâmbio de conhecimento internacional sobre a problemática.
Dulci Lima e eu escrevemos o artigo Negras in tech: apropriação de tecnologias por mulheres negras como estratégias de resistência, que teve como objetivo analisar o levantamento da PretaLab sobre a inserção de mulheres negras e indígenas nas TICs. Além disso, aplicamos, a partir dos 15 projetos mencionados pelas entrevistadas, a Análise de Redes Sociais na Internet (ARS). Vimos que as mulheres negras buscam dominar as tecnologias, a fim de propor soluções para as brechas tecnológicas e fazer uso social das habilidades adquiridas.
O Redes Cordiais lançou na semana passada o Guia Prático para capacitar cidadãos a aplicar com autonomia métodos de mensuração de impacto a projetos de educação midiática. Organizado por Eduardo Fraga e Monique Lemos, o guia conta com contribuições de pesquisadores e especialistas como Pedro Burgos, Pablo Ortellado, Sérgio Lazzarini, Claudia Costin, Cíntia Gomes, Luiz Futuro e um artigo meu sobre as práticas adotadas nas oficinas sobre desinformação e discurso de ódio no Programa Agentes de Governo Aberto.
A oficina “Identificando notícias falsas e promovendo uma comunicação cidadã” teve como objetivo compartilhar técnicas de checagem dos fatos e despertar no cidadão o seu papel na luta contra a disseminação de notícias falsas e discurso de ódio. O artigo presente no guia traz, a partir da ideia de competência midiática de Ferrés e Piscitelli (2015), algumas percepções prévias das atividades aplicadas no decorrer da oficina, como o Quiz das Fake News e suporte audiovisual como a série sobre fake news da Gabi Oliveira em parceria com a Avaaz.
Apesar das controvérsias, o Twitter ainda é uma excelente plataforma para conhecer pesquisadores e discussões interessantes. Pensando nestas vantagens, segue lista com 20 pesquisadores para acompanhar o trabalho e as conversas durante esse próximo ano.
Teve início no dia 15 de setembro e vai até dezembro o ciclo 2020 das Oficinas de Governo Aberto. Este ano, por conta do contexto pandêmico, as oficinas são online e em razão disso pessoas de fora do munícipio também podem participar das atividades.
Ao todo são 32 Agentes de Governo Aberto com oficinas distribuídas em 6 diferentes categorias temáticas: transparência, participação social, inovação, comunicação, controle social e processos legislativos.
Esse ano trago a oficina “Identificando notícias falsas e promovendo uma comunicação cidadã” que tem como objetivo compartilhar técnicas de checagem dos fatos e despertar no cidadão o seu importante papel na luta contra a disseminação de notícias falsas, além de dar insumo para o desenvolvimento de uma comunicação correta, transparente e cidadã.
Dentre os conteúdos abordaremos aspectos de comunicação e democracia, desinformação e discurso de ódio, o papel das plataformas, checagem dos fatos, contra-narrativas em rede e dicas de checagem na prática. Além da oficina, há uma pasta de referências bibliográficas com mais de 50 artigos, livros e relatórios de institutos de pesquisa que ficará a disposição do participante.
Já temos as datas das minhas oficinas do mês de outubro (abaixo) e estou agendando para movimentos sociais, grupos de pesquisas e demais turmas que queiram uma sala fechada. Quem tiver interesse na inscrição nas datas já disponíveis ou solicitar uma oficina, só entrar em contato por este formulário.
Mas como disse acima, são 32 oficinas diferentes. Tem muito conteúdo nos mais variados temas. Vou deixar abaixo alguns exemplos (com texto descritivo do site de divulgação). Se inscrevam. Todas as oficinas são gratuitas e certificadas.
A oficina visa facilitar o uso dos aparelhos celulares, smartphones pelos idosos, aproveitando seus benefícios, como: consultas SUS, SP156, Meu INSS. Entender sobre Fake News e suas consequências e sobre compartilhamento consciente.
Para colocar o controle social em prática, o primeiro passo é exercer seus direitos. Esta oficina permitirá aos participantes conhecer seus direitos, cobrar seu cumprimento, exercer o controle social e combater a corrupção.
Crie uma Web Rádio com transmissão ao vivo usando software livre, grave e publique como podcasts. Incentive a participação social com debates e conteúdos da sua comunidade.
Nesta oficina, vamos ensinar formas de identificar e checar informações em fontes confiáveis e a produzir novas informações, construídas a partir de critérios jornalísticos.
Você sabe o que é planejamento reprodutivo? Ou melhor, que ele existe? Pois é, esse é um dieito que você tem e será apresentado nesta oficina de governo aberto.
Os mapas são instrumentos poderosos, há séculos utilizados no combate a epidemias e problemas de saúde pública. Com a pandemia do novo coronavírus observamos uma efervescente produção de mapas, com os mais diferentes usos, entre eles a análise da disseminação do vírus na cidade, fornecendo informações estratégicas para a definição de políticas públicas de combate a COVID-19. Nesse curso iremos explorar as relações entre os mapas e a saúde pública, com exemplos históricos, tais como o mapa da cólera, de 1850. Mais do que isso, já que esse não é apenas um curso teórico, juntos vamos explorar os dados territorializados disponibilizados pela Secretaria Municipal da Saúde para refletir sobre possíveis ações locais no enfrentamento da pandemia. Trata-se de uma abordagem teórico prática voltada a funcionários/agentes públicos e atores locais, que poderá contribuir para a definição de estratégias de enfrentamento na escala local.
A oficina irá promover a troca de saberes entre os participantes na construção de um processo de reconhecimento do seu território de vivência e potencialização do dialogo e convívio com as diferenças.
Venha discutir e aprender como a padronização na divulgação das convocações de reuniões e audiências permite a interpretação das informações por robôs e aumenta a participação social.
Há um tempo a internet é um, cada vez mais, importante meio de oferecimento de serviços, mas estes, nem sempre estão disponíveis para todos, e, podemos mudar essa realidade. Saiba como, construindo e apoiando uma web acessível e possível!
O artigo apresenta resultados de estudo sobre Interfaces de Programação de Aplicações (API, na sigla em inglês) de visão computacional e sua interpretação de representações em bancos de imagens. A visão computacional é um campo das ciências da computação dedicado a desenvolver algoritmos e heurísticas para interpretar dados visuais, mas são ainda incipientes os métodos para sua aplicação ou investigação críticas.
O estudo investigou três APIs de visão computacional por meio de sua reapropriação na análise de 16.000 imagens relacionadas a brasileiros, nigerianos, austríacos e portugueses em dois dos maiores bancos de imagens do ocidente. Identificamos que: a) cada API apresenta diferentes modos de etiquetamento das imagens; b) bancos de imagens representam visualidades nacionais com temas recorrentes, mostrando-se úteis para descrever figurações típicas emergentes; c) APIs de visão computacional apresentam diferentes graus de sensibilidade e modos de tratamento de imagens culturalmente específicas.