Acaba de ser publicado na Revista Líbero o artigo #quemmandoumatarmarielle: a mobilização online um ano após o assassinato de Marielle Franco em co-autoria entre Taís Oliveira, Dulcilei Lima e o Professor Dr. Claudio Penteado.
O artigo apresenta o resultado do mapeamento de conversas e grupos no marco de um ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018. A metodologia utilizada foi a Análise de Redes Sociais na Internet a partir de publicações no Twitter com as hashtags #QuemMatouMarielle, #QuemMandouMatarMarielle, #MariellePresente, #MarielleFrancoVive e #MarielleVive.
Buscamos compreender quais as pautas levantadas pelos usuários e que grupos são identificados a partir da clusterização da rede. Quando Marielle foi morta, essas hashtags reuniram discussões, manifestações de condolência, cobrança por justiça e o assunto chegou a ocupar a primeira posição no Trending Topics Mundial do Twitter no dia 15 de março de 2018. Dias antes do marco de um ano da morte da vereadora surgiram nas redes sociais as primeiras mobilizações com a convocação de atos, homenagens, filtros nas fotos de perfil no Facebook, ações que cresceram com a notícia das prisões de dois suspeitos. Observamos nesse contexto a estrutura e os atributos relacionais de tais manifestações.
Obtivemos como principais resultados uma rede extensa, descentralizada, com nós unilaterais e diversos clusters. Embora com nós pouco conectados, as conversas na rede se deram sob as mesmas pautas baseadas em uma única questão: quem mandou matar Marielle?
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