Pedagogias das Travestilidades: livro de Maria Clara Araújo

Maria Clara Araújo dos Passos é mulher preta, travesti e ativista. Bacharel em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestranda em Educação (Sociologia da Educação) pela Universidade de São Paulo (FE/USP). Maria Clara também é Especialista em Estudos Afro-Latino-Americanos e Caribenhos pela Clacso/Flacso, possui Certificado em Estudos Afro-Latino-Americanos pelo Instituto de Pesquisas Afro-Latino-Americanas do Hutchins Center, na Harvard University.

Aborda temas como intersecções entre (identidade de) gênero e raça, currículos decoloniais, movimentos sociais progressistas na América Latina, transfeminismos e movimentos transnacionais de extrema direita e suas agendas educacionais antigênero.

No livro Pedagogias das Travestilidades, Maria Clara registra a luta do Movimento de Travestis e Mulheres Transexuais no Brasil. A edição conta com apresentação de Linn da Quebrada e prefácio da professora Cristina Garcia (PUC-SP). Para a autora, o livro é um tributo ao Movimento de Travestis e Mulheres Transexuais. Adquira na pré-venda.

A educação como fator (trans)formador | Maria Clara Araújo | TEDxUFPE

Livro Impresso ou no Kindle: o que é melhor?

Quando as pessoas descobrem que tenho Kindle sempre me perguntam o que é melhor entre livro impresso e o aparelho. Bom, do meu ponto de vista e da minha experiência, depende. Eu uso ambos e vejo prós e contras em ambos.

Algumas vezes prefiro a leitura impressa e nela uso post it, faço anotações, destaco o texto com canetas e uso meu apoio de leitura quando preciso ler e já escrever a respeito da obra. E essas atividades de interação com o material impresso me ajudam muito a compreender e me aprofundar na leitura e consequentemente no aprendizado daquele texto. Livros raros ou com algum significado afetivo, prefiro que sejam impressos. Particularmente tenho a necessidade de tocar, ver todos os detalhes da capa e contracapa, sentir o cheiro de livro novo, entre outras coisas.

Por outro lado, a leitura no Kindle me proporciona flexibilidade. Por curiosidade fui ver quantos livros tenho no aparelho e tem mais 100. Minha casa é pequena e não cabem mais 100 livros por aqui (rsrs), então esse é um aspecto bastante positivo do Kindle. No mesmo sentido, quando viajo levo o Kindle com opções de várias leituras, invés de vários livros impressos que ocupariam espaço, pesaria mais a mala e assim por diante.

Outro ponto que me agrada muito no Kindle são as configurações possíveis no modo de leitura: aumentar a letra (sou míope e astigmata, dou muito valor nesse item rs), aumentar ou diminuir a intensidade da luz, modo de leitura noturna e as possibilidade de tradução de textos em outras línguas. E por fim, eu amo a opção de importar os destaques ou comentários feitos nas leituras. Para quem trabalha com pesquisa ou é estudante que precisa fazer fichamentos, por exemplo, é excelente ter esse material sistematizado.

Além de livros impressos e Kindle, também tenho um tablet. Comprei quando passei na seleção de mestrado, em 2017. Já sabia que teria que ler muito material em pdf (a extensão ou aquela clássica digitalização tosca que socializa tanto conhecimento, né rs), então adquiri esse outro aparelho para outros tipos de leitura. Também gosto, mas Kindle e impresso fazem mais parte da minha rotina de leitura.

Então, respondendo a pergunta: entre livro impresso ou Kindle: o que é melhor? Depende das suas necessidades, contexto, prática de leitura, espaço físico disponível, etc. 😉

Livro reúne pensamento sobre a relação entre tecnologia e questões raciais, por autores brasileiros, africanos e afrodiaspóricos

O livro “Comunidades, Algoritmos e Ativismos: olhares afrodiaspóricos” busca combater uma lacuna na academia brasileira: reflexões sobre a relação entre raça, racismo, negritude e branquitude com as tecnologias digitais como algoritmos, mídias sociais e comunidades online.

Organizado por Tarcízio Silva e publicado pela editora LiteraRUA, a obra reúne 14 capítulos de pesquisadoras e pesquisadores provenientes do Brasil e países da Afrodiáspora e África, como Congo, Etiópia, Gana, Nigéria, Colômbia, Estados Unidos e Reino Unido.

O capítulo de abertura é de Ruha Benjamin, ativista e professora da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Pela primeira vez traduzido ao português, seu trabalho discorre sobre a “imaginação carcerária” imbricada nas tecnologias do Ocidente, da escravidão até o reconhecimento facial de hoje.

Textos estrangeiros inéditos e atualização e redação de publicações selecionadas de brasileiras/os, o livro colabora com a crescente complexificação do pensamento sobre a comunicação digital e internet resultante da diversificação dos olhares e falas nos espaços acadêmicos.

O rapper, compositor e empresário Emicida assina o prefácio, onde pontua que “se a essência das redes sociais é a conectividade, está para nascer uma que cumpra seu papel com mais eficácia do que um tambor”. Com vários pontos de vista, os temas abordados incluem a matemática na divinação Ifá, ativismo político, transição capilar, blackfishing, afroempreendedorismo, Black Twitter, contra-narrativas ao racismo e métodos digitais de pesquisa apropriados à complexidade das plataformas, algoritmos e relações de poder incorporadas nas materialidades digitais racializadas.

A publicação está disponível em versão digital gratuita, graças ao apoio do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados, e em pré-venda da versão impressa no site da editora LiteraRUA.

Comunidades, algoritimos e ativismos digitais: olhares Afrodiaspóricos

Capa por Isabella Bispo

Muito em breve será lançado a coletânea ‘Comunidades, algoritimos e ativismos digitais: olhares Afrodiaspóricos’ organizada por Tarcízio Silva.

O livro reúne 14 capítulos de pesquisadoras e pesquisadores brasileiros e traduções de autores dos países Congo, Etiópia, Gana, Nigeria, Colômbia, Estados Unidos e Reino Unido. O objetivo da publicação é agregar reflexões diversas e interdisciplinares sobre comunicação digital, raça, negritude e branquitude.

Dentre os atores, há nomes como Ruha Benjamin, Niousha Roshani, Andre Brock, Abeba Birhane, Serge Katembera Rhukuzage, Thiane Neves, Larisse Louise Pontes Gomes, entre outros. Eu e a Dulcilei Lima apresentaremos o capítulo “Mulheres e tecnologias de sobrevivência: Afroempreendedorismo e  Economia Étnica” que traz uma reflexão sobre o perfil das mulheres Afroempreendedoras e como as tecnologias são apropriadas para se pensar em trabalho e renda.

O livro será gratuito no formato digital. Para receber em primeira mão, cadastre-se aqui.

Pra quem já mordeu um cachorro por comida…

Pra quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe é nome da primeira mixtape do rapper Emicida e é também nome da antologia que celebra os 10 anos desse marco histórico no rap nacional, um projeto organizado pelo cantor e em parceria com a Laboratório Fantasma e LiteraRua.

Pois bem, estava bem plena desembarcando em Belém para o Intercom quando recebo uma notificação de dm no Twitter de nada mais nada menos que o próprio Emicida. Importante dizer o quando exatamente, pois estava recém titulada e indo apresentar um artigo sobre o resumo da minha dissertação.

Era um convite para escrever um artigo sobre minha pesquisa para compor a antologia. O livro conta com a participação de mais 54 autores, dentre os quais nomes como Roberta Estrela D’Alva, KLJay, Leci Brandão, Mel Duarte, Suzane Jardim, Dona Jacira, Jessé Souza, Caio César, Alê Santos, Nina Silva, entre outros. Meu artigo é o ‘Quando nóiz perceber o poder que tem, cuidado’, falo sobre a pesquisa em Afroempreendedorismo, economia étnica e as conexões possíveis a parte das redes.

Além dos 54 artigos, o livro é esteticamente lindo e conta com ilustrações exclusivas pensadas para cada capítulo e que referenciam cada uma das 25 músicas que compõe a mixtape. Acesse o site da Lab para saber como adquirir a obra. 🙂