Ocorreu, de modo online, entre os dia 6 e 12 de dezembro o Neurips 2020 e dentro da programação de comunidades e diversidade a 4ª edição Black in AI. O workshop teve como atividades as invited talks, contributed talks, painéis e bate-papo com profissionais e pesquisadores, além de mentorias e apresentação de posters de estudiosos de diversos países, inclusive do Brasil.
Entre os palestrantees convidados estavam Muyinatu Bell, Cyril Diagne, Siobahn Day Grady que falou sobre desinformação e a professora brasileira Sônia Guimarães que apresentou sua trajetória como pesquisadora, professora do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e as diversas iniciativas de inserção de pessoas negras na academia.
Entre os dias 8 e 14 de dezembro acontece a 33ª #Neurips Conference (Neural Information Processing Systems) em Vancouver, Canadá. A proposta do encontro é reunir pesquisadores, profissionais e empresas para discutir inovações, tendências, aspectos éticos e políticos da área de sistemas (IA, ML, NPL, etc). O escopo do evento abarca palestras com pesquisadores, workshops, partilha de estudantes, apresentações de posteres, eventos sociais, networking e tudo o mais que um grande evento pode proporcionar.
Essa é a terceira vez que o Black In AI ocorre na programação do #Neurips e o grande objetivo é refletir sobre as atuais condutas e os seus processos, pensar alternativas para fatores problemáticos a partir do viés racial e imaginar ações possíveis para um futuro mais adequado em relação aos impactos sociais da tecnologia, sobretudo na Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina.
O workshop contou com breves apresentações de trabalhos desenvolvidos por pesquisadores e palestras de Elaine Nsoesie da Universidade de Boston, Sarah Menker da Gro Intelligence e Matthew Kenney da Duke University. Para encerrar o workshop esses três pesquisadores compuseram uma mesa para discutir trajetórias, contemporaneidade e perspectivas para um futuro com recortes críticos e éticos nas áreas de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, sobretudo para diminuir consequências negativas de processos falhos.
Em outro ambiente ocorreram as apresentações de posteres de estudantes e profissionais sobre diversos temas relacionados a aplicações e projetos nesses dois tópicos. Dentre os brasileiros que tiveram seus trabalhos expostos estavam Mírian da Silva, da UFMG com seu trabalho sobre identificação de similaridades entre sequências biológicas; Milena Tenório da UFAM sobre representação lógica; Rodrigo Martins da PUC – Minas sobre otimização de e-commerce; e Ramon Vilarino da Serasa Experian sobre explicabilidade e diversidade em escores de crédito.
O #Neurips acontece até sábado com uma programação enorme e diversa e ainda sobre o BlackInAI, na sexta-feira tem um jantar especial que contará com as presenças de Ruha Benjamin e Charity Wayua. Voltarei aqui com os updates da semana! 😉