Tecnologias Negras serão debatidas em programação de Outubro no Sesc

A incrível programação, que ocorre em São Paulo, Grande São Paulo, interior e litoral, está dividida em cinco eixos que se relacionam com adinkras (símbolo ideográfico originário de povos da África Ocidental):

  • Sankofa Um olhar para o passado | Tecnologias Ancestrais – Tradicionais, da Palavra e Manuais
  • Nea Onnim No Sua A, Ohu Quem não sabe pode saber aprendendo | Tecnologias Digitais e Contemporâneas
  • Nyansapow Nó da sabedoria e magia | Afrofuturismos, Distopias e Utopias
  • Mpatapow Nó de reconciliação e de paz | Tecnologias Invisibilizadas e de Resistência
  • Ananse Ntontan Sabedoria, criatividade e complexidade da vida | Estética, Crítica e História da Arte
Arte por: Marcelo D’Salete 

Participo de duas atividades:

>> Estudos das relações étnico-raciais permeados por ambiente digital nas perspectivas das Humanidades digitais negras <<

Entre os dias 02 a 04 de outubro, das 19h30 às 21h30, no Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo a atividade conta com o seguinte percurso:

  • 2/10. Humanidades Digitais Negras: Tecnologias de Resgate com Tarcízio Silva.
  • 3/10. Contornando Invisibilidades: curadoria e resgate de conhecimentos negros com Morena Mariah e Taís Oliveira.
  • 4/10. Textualidades e Visualidades Digitais: da literatura à política da estética com Larisse Pontes e Fernanda Sousa e Silva.

>> Apropriação Cultural e Empoderamento Negro na Web <<

No dia 30/10, das 16h às 18h, no Sesc Florêncio de Abreu

O debate com Gilberto “Tensai”, Stephanie Ribeiro e Taís Oliveira sobre representatividade e o empoderamento negro possível e necessário nas mídias e redes sociais, suas perspectivas para o futuro e dificuldades enfrentadas até o momento.

Confira também:

Fique atento às datas de inscrição, pois as vagas são limitadas! 😉

EnegreceR[P] – Precisamos falar do público negro

Desde 2008, quando iniciei a graduação, e mais especificamente em 2009, quando decidimos ter um blog sobre relações públicas, nunca vi nenhuma ação, debate ou evento no Novembro Negro ou em qualquer outro período do ano que abordasse a questão dos profissionais e estudantes negros das relações públicas (se tiver algum que passou batido, me avisem, por favor). Pela primeira vez, em seis anos de Versátil RP, vamos enegrecer esse espaço.

As motivações são muitas, a começar pela minha úlcera que ataca cada vez que leio ou vejo os colegas definindo apontamentos racistas como “mimimi” e “vitimismo”. Sempre me pergunto qual a utilidade dos dois anos de base humanística da Comunicação Social para um “profissional” ter uma concepção tão simplória de uma questão profunda e estrutural. Além dessa motivação, em 2014 um colega RP me chamou inbox no Facebook para contar uma situação racista que ele tinha passado e isso me fez repensar muitas situações. Outro ponto este ano participei de um processo seletivo em uma empresa X, nos dias que estive lá fiz o famoso “teste do pescoço” e não vi um negro nos departamentos administrativos e de comunicação, além de eu ser a única negra participando da seleção e, mesmo com todos os pré-requisitos, não fui sequer notificada sobre o fim do processo seletivo (concluam vocês).

Juntando tudo isso, íamos aplicar uma pesquisa para mapear e entender esse público – os profissionais e estudantes negros das relações públicas. Porém, seria algo complexo e que não estávamos totalmente preparados por se tratar de um nicho muito específico, além do nosso cronograma estar bem cheio. Logo, optamos por propor essa provocação ao mercado, aos colegas, às entidades de classe e às universidades no mês da consciência negra, e quem sabe no próximo ano podemos até pensar juntos ações para abordar essa temática? Continue lendo