Curso Introdutório sobre a Lei de Acesso à Informação

Com o objetivo de promover relações mais transparentes entre o estado e a sociedade, a Lei de Acesso à Informação (LAI) entra em vigor no país em maio de 2012. A ferramenta tem sido muito utilizada por civis de modo geral, mas também por pesquisadores, cientistas sociais e de dados, jornalistas entre outros profissionais para obtenção de dados abertos de programas, projetos e prestação de contas dos governos.

O IBPAD acaba de lançar o curso Introdução a Dados Abertos e à LAI do qual sou professora. O curso conta com três módulos que abordam o histórico do debate sobre a LAI no Brasil e mecanismos de transparência em outros países, aspectos técnicos sobre como solicitar informações, o que é transparência ativa e passiva, como elaborar recursos, lista de organizações e grupos de pesquisas que tratam do tema, lista de ferramentas para lidar com dados e uma entrevista com Bárbara Paes que trabalhou por anos na Artigo 19 – uma das mais importantes instituições que trabalham com a causa do acesso à informação pública.

Acesse a página do curso e saiba mais detalhes. 😉

2018: here we go again

Pós festas, carnaval e tudo mais que o começo do ano nos permite (ou nos impede): here we go again compartilhar conteúdo, ideia, dicas, eventos etc.

Primeiramente, vale lembrar que aqui na página posts tem a lista de todos os conteúdos já compartilhados aqui no blog e aqui nos slides tem todo material dado nas minhas palestra e oficinas.

Outro ponto importante de ressaltar é que quando não teve conteúdo aqui, é por que teve em outros lugares, como mapeamento de públicos e análise de redes, relações públicas na América LatinaLei de Acesso à Informação, sobre as ferramentas Sobek Mining e a StArt. Lá no Versátil RP (que está de cara nova) teve a repercussão no Twitter do caso LAI no município de São Paulo e um post especial para dia interamericano das relações públicas em parceria com Diego Galofero.

 

É novidade que você quer @? 

A primeira novidade é que curso sobre Planejamento Estratégico em Comunicação e Mídias Sociais está na agenda permanente do Lobo Criativo. Essa atividade, que já acontece a algum tempo, será toda remodelada com conteúdo novo, atividades, ferramentas e referências em dobro. O curso tem como público foco estudantes, recém-formados e empreendedores que queiram entender mais dessa parte do trabalho de comunicação. Quem tiver interesse ou quiser mais informações, manda e-mail para falecom@lobocc.com.br que o pessoal do Lobo vai tirar todas as dúvidas.

 

Novidade número dois é que o curso sobre a Lei de Acesso à Informação terá uma versão online pelo IBPAD. Essa atividade é baseada na LAI (como nas oficinas que aconteceram ano passado) e com foco de público em comunicadores (jornalistas, relações-públicas, publicitários, etc), cientistas sociais e demais pesquisadores interessados em conhecer o funcionamento básico da Lei de Acesso à Informação como recurso de levantamento de dados públicos. Informação importante, esse curso será oferecido de forma gratuita e a lista de espera já está aberta, acesse aqui para se inscrever.

 

Bom, esse primeiro post do ano foi para relembrar o que aconteceu em 2017 e para contextualizar todo trabalho que está sendo desenvolvido (e que também conta com a fase de escrita da minha dissertação) esse ano! Aproveito para desejar a todos um excelente período e que possamos trocar muitas figurinhas por aqui e nos demais espaços. 🙂

Governo Aberto e os cinco anos da Lei de Acesso à Informação

Três meses, vinte e cinco horas e nove atividades depois: chegou ao fim meu ciclo como Agente de Governo Aberto pela Prefeitura Municipal de São Paulo. O programa selecionou, via edital, 56 projetos relacionados aos temas transparência e dados abertos, gestão participativa e mapeamento colaborativo, inovação, tecnologia aberta e colaborativa e cultura digital e comunicação.

A atividade que propus se encaixa na temática cultura digital e comunicação, da qual resgato o histórico dos cinco anos da Lei de Acesso à Informação, mostro o passo a passo para se fazer pedidos e como encontrar dados da transparência ativa. A oficina ainda instiga os participantes a criar, a partir dos dados obtidos, conteúdos acessíveis para mídias sociais, ferramentas que usamos cotidianamente e que são, de certo modo, mais democráticas que outras mídias (tv, rádio, jornal, revistas, etc). As minhas sugestões giram em torno de softwares livres para a criação e edição de conteúdo, como Libre Office para textos, planilhas e apresentações; Gimp para edição de imagens;  WordPress.org para o desenvolvimento de blogs e Wikipedia para criação de memórias com foco em bairros e movimentos sociais.

Realizei oficinas com conselheiros municipais da Zona Leste, para educadores e jovens da Gol de Letra, para profissionais de pesquisa e comunicação no Instituto do Legislativo Paulista, Escola do Parlamento, FESP/SP e no IBPAD e para estudantes dos cursos de serviços jurídicos da Etec Cepam. É muito interessante observar como cada público compreendeu os benefícios políticos e sociais do acesso à informação. Desde os conselheiros que naquele momento lidavam com o decreto que reduz a participação social, aos jovens da Gol de Letra que estão desenvolvendo pesquisa sobre a memória da Vila Albertina e viram (não que eles já não soubessem), via dados da Geo Sampa, o quanto a região é carente de aparelhos públicos de cultura, segurança e transporte. Conheci estudantes que estão desenvolvendo pesquisas a partir de dados governamentais, jornalistas que utilizam dados abertos para embasar suas matérias e muitos outros casos.

A base bibliográfica conta com materiais da Artigo 19, da Open Government Partnership, do Portal Acesso à Informação, Relatório do Achados e Perdidos e o Relatório Open Government Data: Assessing demand around the world e por fim, sugiro a quem pretende se aprofundar no tema conhecer os grupos de pesquisa sobre internet e política e ir ao II Encontro Brasileiro de Governo Aberto que acontece nos dias 28 e 29 de novembro no CCSP.

Aproveito para agradecer a todos que ajudaram com sugestões de locais para a realização das oficinas, a todos que me receberam com muito carinho e aos que colaboraram com as articulações, em especial equipe da SP Aberta, coletivo 21N e coletivo Preta&Acadêmica. Há um novo ciclo de oficinas acontecendo pela cidade, quem tiver interesse basta entrar em contato com a SP Aberta (saopauloaberta@prefeitura.sp.gov.br).

Abaixo a apresentação utilizadas nas oficinas: