Mídias sociais e Filosofia – análise do documentário Catfish

Nos últimos meses do ano passado fiz um curso de extensão com uma proposta bastante interessante que une filosofia e novas tecnologias –  “A (des)construção da subjetividade nas mídias sociais” que tinha como base bibliográfica Michel Foucalt, com uma ênfase maior no que se refere aos conceitos de sujeito e subjetivação. Trata-se de pensar como as pessoas criam/recriam/determinam suas verdades na sociedade por meio do discurso, nesse curso o foco de análise foram as mídias sociais.

Para concluir o processo de pensar sobre o ambiente digital com base na filosofia fomos convidadas (pois só tinham mulheres na turma) a elaborar algum texto, análise, pesquisa ou qualquer outra coisa relacionada ao conteúdo ministrado em sala de aula. Pois bem, eu então, decidi analisar o documentário Catfish que conta a história de Nev Schulman e uma amizade virtual desenvolvida através da rede social Facebook, a ideia é tentar entender ou ao menos questionar como as ações online afetaram a vida dos envolvidos e ainda traçar um paralelo do comportamento atual nas mídias sociais.

O documentário fala da história decepcionante de Nev Schulman, 24 anos de idade – a personagem principal, com direção dos cineastas Ariel Schulman (irmão de Nev) e Henry Joost. Os três dividiam um escritório na cidade de Nova York, Nev é fotografo e os dois amigos trabalham com cinema. Quando uma amizade virtual, até então inocente, entre Nev e uma garota pintora chama atenção dos amigos cineastas que decidem acompanhar a trama com uma câmera nas mãos. Continue lendo